Honda e Nissan desistem de fusão

| Revista ACP

Fim das negociações é agora oficial, com os dois fabricantes a emitirem um comunicado conjunto.

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As fabricantes automóveis japonesas Honda e Nissan anunciaram que irão abandonar as negociações para uma fusão.

Os fabricantes de automóveis afirmaram, num comunicado conjunto, que concordaram em cancelar um acordo que permitiu a realização de negociações sobre a estrutura de uma eventual empresa conjunta.

Após discussões, "os dois grupos concluíram que, para dar prioridade à velocidade da tomada de decisões e a sua execução num ambiente de mercado cada vez mais volátil (...), seria mais apropriado encerrar as negociações e rescindir o memorando de entendimento".

A Honda Motor e a Nissan Motor anunciaram no final de dezembro que iriam manter negociações sobre uma fusão. A Mitsubishi Motors disse depois que estava a considerar juntar-se ao futuro grupo.

Desde o início, o esforço deixou os analistas intrigados quanto às vantagens para qualquer uma das empresas, uma vez que as suas linhas de modelos se sobrepõem.

 

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Na semana passada, o jornal económico Nikkei tinha avançado que a Nissan decidiu retirar-se das conversações que mantinha com a Honda desde final de dezembro, para uma fusão, devido a divergências sobre a estrutura acionista de uma empresa conjunta.

O principal obstáculo foi a proposta da Honda de transformar a Nissan numa subsidiária integral dentro da estrutura conjunta, que esta última rejeitou de imediato.

"Foram consideradas várias opções em relação à estrutura da integração empresarial. A Honda propôs mudar a estrutura [projetada], passando de uma 'holding' conjunta (...) para uma estrutura onde a Honda seria a empresa-mãe e a Nissan a subsidiária através de uma troca de ações", detalhou a declaração conjunta divulgada.

Segundo os meios de comunicação locais, a Honda também estava descontente com o progresso do plano de reestruturação da Nissan para ultrapassar as dificuldades financeiras da empresa, que inclui uma redução de 20% na sua produção global e o corte de nove mil postos de trabalho.

Depois da Toyota Motor, a Honda é o segundo maior construtor automóvel japonês em volume de vendas e a Nissan é o terceiro.

O projeto de fusão, cuja conclusão estava prevista para 2026, teria criado o terceiro maior construtor automóvel do mundo.

 

Agência Lusa

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