A rentrée revelou-se auspiciosa para o mercado português de automóveis ligeiros de passageiros: em setembro as vendas aumentaram 6,1% face ao mesmo período do ano passado, quebrando um trimestre negativo.
Somando as vendas entre janeiro e setembro, o ano também se mostra favorável para o retalho de automóveis, registando-se um aumento de 4,6% no número de novas matrículas, para cerca de 187 mil viaturas.
Mas nem corre bem pois, segundo as contas do Jornal de Negócios, o total acumulado de 2024 está 9,5% abaixo dos valores registados para o mesmo período de 2019.
A puxar este setor estão sobretudo os automóveis elétricos, o segmento que mais cresce no setor. Em setembro foram matriculados 4.053 automóveis elétricos, o que representa o segundo melhor mês de sempre, apenas atrás das 4.061 unidades registadas em novembro último.
Apenas nestes dois meses se conseguiu ultrapassar a barreira dos 4 mil carros elétricos num mês. Entre janeiro e setembro venderam-se mais de 29 mil elétricos, um crescimento de 13,3%.
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Foi asism que em setembro os elétricos atingiram uma quota de 26,9% nos ligeiros de passageiros, contra os 18,4% de quota de mercado a abrir 2024.
O contraciclo com a Europa
A caminhar para um novo recorde, o mercado nacional de elétricos já têm um volume de vendas considerável. Os dados mais recentes da Associação de Construtores Europeus de Automóveis (ACEA) revelam que entre janeiro e agosto as matrículas de ligeiros de passageiros elétricos na União Europeia (UE) caíram 8,3%, para 902 mil veículos.
Considerando apenas países em que as vendas deste tipo de automóveis supera as 20 mil unidades, Bélgica, França, Dinamarca, Portugal, Países Baixos e Espanha subiram face a 2023. A Alemanha é o maior "trambolhão" do mercado, com uma queda de 32% nas vendas, num ano em que extinguiu os incentivos à compra de elétricos.