Seja em veículos com motor de combustão interna, seja em veículos 100% elétricos, os incêndios em automóveis são um cenário cada vez mais comum nas estradas.

Só em Lisboa, o subchefe principal do Regimento de Sapadores da cidade, Mário Ferreira, revela que em 2023 houve 105 incêndios em veículos com motor de combustão e oito em veículos elétricos. Já em 2024 houve, até à data desta reportagem, 50 ocorrências que envolveram veículos a combustão e quatro com veículos elétricos.

Apesar de os números transmitirem a noção de que os veículos a combustão são mais propensos a este tipo de episódios, há que ter em conta que o número de ocorrências é proporcional ao número de veículos a combustão e elétricos em circulação.

São várias as causas destes incêndios, desde curto-circuitos até fugas de combustível, passando por uma manutenção inadequada dos automóveis. Porém, mais importante do que esmiuçar as causas dos incêndios em automóveis é saber como atuar perante estas situações.

Segundo Mário Ferreira, o combate a um incêndio num veículo com motor de combustão e num elétrico não se faz da mesma forma. Se o incêndio afetar somente o habitáculo ou o exterior do veículo o combate faz-se de forma similar.

Porém, se o incêndio afetar a bateria de um veículo elétrico os meios normalmente ao dispor dos cidadãos (extintores ou condutas de água em parques de estacionamento) não têm efeito no combate às chamas.

Desta forma, perante um incêndio num veículo elétrico Mário Ferreira aconselha os cidadãos a afastarem-se do veículo, acionarem os meios de socorro adequados e a não tentarem qualquer tipo de abordagem ou combate às chamas.