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Stellantis admite fechar fábricas na Europa

| Revista ACP

Em causa está a dificuldade da empresa em lidar com a concorrência chinesa.

Fábrica Stellantis Mangualde

O presidente executivo da construtora automóvel Stellantis, Carlos Tavares, admitiu a possibilidade de virem a encerrar fábricas de montagem na Europa, na sequência da instalação de fabricantes chineses no continente.

Fechar as fronteiras aos produtos chineses é uma armadilha. Eles vão contornar os obstáculos, investindo em fábricas na Europa que serão parcialmente financiadas por subsídios estatais, em países de baixo custo”, declarou o empresário português, numa entrevista ao jornal francês Les Echos e citada pela agência France Presse.

Os veículos elétricos chineses vendidos na Europa terão de pagar impostos de importação até 45% a partir do final de outubro.

Alguns fabricantes chineses, incluindo a BYD, já anunciaram que vão abrir unidades na Europa para evitar estas sobretaxas, situação que pode ser encarada como uma ameaça para a Stellantis, admitiu Carlos Tavares.

“Nada deve ser excluído. Se os chineses conquistarem 10% da quota de mercado na Europa no final da sua ofensiva isso significa que produzirão 1,5 milhões de automóveis. Isto representa sete fábricas de montagem. Os fabricantes europeus terão então de fechá-las ou transferi-las para os chineses”, alertou.

 

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A Volkswagen foi a primeira a ceder, ao mencionar o encerramento de fábricas na Alemanha.

“Da nossa parte não há motivos para aceitar uma quebra do nosso desempenho. Se os chineses progredirem na Europa, mesmo que mantenhamos o nosso ponto de equilíbrio abaixo do limiar de 50% de atividade”, apontou.

Recorde-se que em Portugal a Stellantis detém o Centro de Produção de Mangualde, no distrito de Viseu. Naquela unidade fabril trabalham cerca de 900 colaboradores, produzindo uma média de 363 viaturas por dia.

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