Projetado em 1942 por Paul Arzens, o “Ovo Elétrico” foi uma proposta inovadora a começar pela sua forma de ovo com três rodas, movida a eletricidade. Estava-se em plena guerra mundial e a escassez de combustível motivou este designer industrial a conceber um veículo compacto de dois lugares que não dependesse dos combustíveis fósseis.
Mas este que foi considerado um dos automóveis mais excêntricos criados na Europa durante a década de 40, trazia mais inovações como a carroçaria de alumínio e plexiglass que minimizavam o seu peso e o próprio design sobretudo ao nível da traseira, cujas linhas se afunilavam para cobrir a terceira roda e o motor elétrico. A velocidade máxima chegava aos 70 km/h e as cinco baterias que o equipavam garantiam 100 km de autonomia.
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Sendo esta uma proposta inovadora e adaptada aos tempos que se viviam na Europa há 82 anos, o “Ovo Elétrico” não avançou para produção. O alumínio era na época um material escasso em que a maior parte dos recursos disponíveis era canalizada para o fabrico de equipamento militar.
Após a morte do seu criador em 1990, o L'Oeuf Electrique foi doado ao Musée des Arts et Métiers de Paris e em 2022 encontrou um novo lar na Cité de l'Automobile em Mulhouse para recordar como no seu tempo foi pioneiro com um design compacto e leve e motor elétrico, além de ser um veículo que viria a lançar as bases para modelos citadinos como o BMW Isetta , Mini ou Fiat 500.