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Dakar 2023 arranca hoje com 17 portugueses na caravana

| Revista ACP

Um prólogo de 11 km como aperitivo para mais uma grande aventura na Arábia Saudita até 15 de janeiro.

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Tudo começou em 1979 pela mão de Thierry Sabine com o Paris/Dakar, que viria a ser o lançamento de uma grande aventura, que ainda hoje faz sonhar. Passados 44 anos, o maior rali do mundo traça agora o seu percurso na Arábia Saudita que recebe a prova desde 2020. Antes, de 1979 a 2007 o Dakar percorreu rotas africanas, com partida de cidades europeias, incluindo Lisboa, e chegada à capital do Senegal. Depois de um ano sem prova (2008), por questões de segurança, o Dakar instalou-se na América do Sul entre 2009 e 2019, mas sempre com a designação Dakar.

Agora, e pelo 4º ano consecutivo, Jeddah recebe uma caravana internacional que irá navegar por areias e trilhos árabes durante 14 etapas e um animado prólogo agendado para hoje. Com um dia de descanso marcado para dia 9 de janeiro em Riyadh, as dificuldades desta grande aventura vão marcar encontro com centenas de concorrentes até ao dia 15 de janeiro.

Quanto a favoritos, existe um importante lote de candidatos, onde Stéphane Peterhansel aos 57 anos assume um recorde invejável. O “Senhor Dakar” já venceu a prova por 14 vezes, seis em moto e oito em auto. O piloto, que está ao volante de um Audi RSQ e-tron, estreou-se no Dakar em 1988 em duas rodas, tendo alcançado a sua primeira vitória em 1991 aos comandos de uma Yamaha. Os automóveis surgiram em 1999, tendo celebrado a sua primeira vitória em quatro rodas em 2004.

Se Peterhansel é um candidato nato à vitória aos comandos do Audi elétrico, existem na marca mais candidatos de peso, como Carlos Sainz ou Mattias Ekstrom. Também senhor de um palmarés invejável, Nasser Al-Attiyah, vencedor da edição passada, está aos comandos de uma Toyota Hilux de última geração, tal como Yazeed Al-Rajhi, outro candidato de peso. Na Prodrive também existem pretendentes, como os veteranos Sébastien Loeb e Guerlin Chicherit.

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Para além dos autos, este arranque do mundial de TT conta também com as cada vez mais competitivas categorias de SSV, divididas em T3 e T4 onde se esperam resultados surpreendentes. Nas areias e trilhos sauditas as motos vão seguramente contribuir com um espetáculo especial, num contraste com os camiões, que se mostram cada vez mais competitivos.

Na edição deste ano do Dakar há 17 portugueses em prova. Nas motos, Rui Gonçalves (Sherco), Joaquim Rodrigues (Hero), António Maio (Yamaha), Mário Patrão (KTM) e ainda o luso-germânico Sébastian Buhler (Hero) vão atrair as atenções lusas. Nos automóveis há dois navegadores portugueses. Paulo Fiúza vai estar ao lado do lituano Vaidotas Zala num Prodrive, enquanto José Marques vai navegar Gintas Petrus, outro lituano que vai tripular um Optimus Chevrolet.

Nos SSV, categorias T3 e T4, o campeão europeu e nacional de TT em 2022 João Ferreira vai ter como navegador o consagrado Filipe Palmeiro num Yamaha X-Raid, enquanto na mesma equipa Ricardo Porém irá ser navegado pelo argentino Augusto Sanz. Na mesma categoria T3, a experiência de Hélder Rodrigues e Gonçalo Reis num BRP Can-Am também irá estar em evidência. Ainda inscritos nos veículos ligeiros, mas na categoria T4, o popular campeão Pedro Bianchi Prata vai desta feita ter o papel de navegador, do brasileiro bruno Conti (Can-Am). Paulo Oliveira, com licença moçambicana, David Megre e Fausto Mota também estão presentes nesta categoria. Também há dois portugueses nos camiões, casos de José Martins (Iveco) e Armando Loureiro (Man) que fazem parte de equipas francesas.

Hoje arrancou o Dakar 2023 com a disputa de um prólogo com cerca de 11 km, onde Matthias Ekstrom num Audi RS Q e-tron foi o mais rápido, batendo o Prodrive de Sébastien Loeb por apenas 1 segundo. A Audi colocou mais um carro no pódio, com Stephane Peterhansel a ser o 3º mais rápido a 11 segundos de diferença. Nasser Al-Attiyah levou a Toyota Hilux Gr ao 4º lugar a 12 segundos de Ekstrom. No primeiro dia do Ano Novo irão começar as grandes dificuldades que se irão prolongar por 14 etapas, ao longo de 8.549 km, dos quais 4.706 km serão cronometrados.

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