No mais recente episódio do podcast do Automóvel Club de Portugal no âmbito do concurso ACP Elétrico do Ano, Fernando Monteiro, do ACP, e Guilherme Costa, da Razão Automóvel, falam sobre a evolução das carrinhas e a eletrificação do setor automóvel.
A discussão focou-se nas mudanças no mercado e no impacto dos SUV, que substituíram as carrinhas como escolha principal, especialmente pela posição de condução elevada e a imagem de robustez.
Fernando Monteiro explicou como as carrinhas, inicialmente concebidas para o transporte de passageiros e mercadorias, evoluíram ao longo do tempo e ganharam popularidade em Portugal.
Por sua vez, Guilherme Costa observou que, embora as novas gerações ainda reconheçam o termo "carrinha", a preferência por SUV cresceu, sobretudo pela versatilidade e sensação de segurança.
Apesar da ascensão dos SUV, Guilherme Costa destacou que as carrinhas continuam a ser mais eficientes em campos como a aerodinâmica e a capacidade de bagageira.
Como exemplos destacou modelos como a Audi RS6 e a histórica RS2. Em relação aos elétricos, a Volkswagen ID.7 Tourer foi apontada como uma das poucas opções no mercado.
A conversa abordou também as motivações na compra de carros elétricos. Embora a sustentabilidade seja um fator, tanto Guilherme Costa como Fernando Monteiro concordaram que o orçamento e os benefícios fiscais são os principais motores da transição para os elétricos, especialmente nas empresas.
Fernando Monteiro criticou a imposição de uma única solução tecnológica pela União Europeia, defendendo alternativas como combustíveis sintéticos e hidrogénio.
Já Guilherme Costa partilhou a sua experiência com carros elétricos. Destacou o conforto no uso diário, mas aponta limitações para viagens longas, como a falta de pontos de carregamento adequados.
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Ambos os convidados criticaram a rigidez da regulação europeia e a crescente burocracia, que dificultam a inovação no setor.
A China, por outro lado, foi elogiada pela sua aposta estratégica na eletrificação, permitindo às marcas chinesas ganhar terreno no mercado europeu.
Ambos concordam que, embora o avanço chinês seja significativo, a indústria automóvel europeia ainda tem a capacidade de se reinventar.
O episódio terminou com uma reflexão sobre o interesse das novas gerações pelos automóveis e os desafios que os preços elevados dos elétricos colocam na acessibilidade ao primeiro carro.
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