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Citroën GS e Citroën SM completam 55 anos de história

| Revista ACP

Inovação, design e conforto marcaram os dois modelos da marca francesa, apresentados no Salão de Genebra em 1970.

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Portador de tecnologias à frente do seu tempo, o Citroën GS desde logo se destacou pelo estilo moderno e aerodinâmico e por ser equipado com uma suspensão hidropneumática que lhe conferia o conforto e o comportamento em estrada que os seus concorrentes da época não conseguiam oferecer, além do motor 4 cilindros refrigerado a ar. Estava-se em 1970 e o modelo foi apresentado no Salão de Genebra.

No ano seguinte, surgiram as variantes Break - com cinco portas e um porta-malas com 710 litros de capacidade (ante os 465 litros da versão de entrada) – uma versão comercial destinada ao transporte de mercadorias, com e a Service de três portas, uma versão comercial projetada para o transporte de mercadorias. Mas o GS Service também contava com duas versões: a Vitrée, com um único painel de vidro que ia do pilar da porta traseira até a parte traseira do carro, e a Tolée, com a lateral completamente feita de chapa metálica.

O sucesso do Citroën GS foi tanto que, no ano seguinte ao início da sua produção, o modelo foi eleito "Carro Europeu do Ano" e o seu sucesso comercial ficou confirmado pelas cerca de 2,5 milhões de unidades produzidas entre 1970 e 1986.

O Citroën com motor Maserati

Também em 1970 foi lançado o Citroën SM, um dos veículos mais inovadores e ousados da história da indústria automóvel, combinando tecnologia avançada, aerodinâmica sofisticada e desempenho esportivo. O SM do nome significa exatamente “Sport Maserati” e seu projeto foi liderado por Robert Opron, famoso designer francês que trouxe um visual futurista ao modelo. Foi o veículo mais exclusivo já feito na década de 1970, combinando uma carroçaria Gran Turismo com a suavidade da suspensão hidropneumática.

Equipado com um motor V6 de 2,7 litros (posteriormente 3,0 litros) desenvolvido pela Maserati, o SM oferecia até 180 cv e uma velocidade máxima superior a 220 km/h, o que o tornava um dos carros com tração dianteira mais rápidos de sua época.

Além do seu impressionante design aerodinâmico, com linhas fluidas e faróis direcionais, o Citroën SM incorporou avanços tecnológicos exclusivos, como suspensão hidropneumática autonivelante, direção hidráulica com assistência variável e travões nas quatro rodas. Esses recursos proporcionaram um nível inigualável de conforto e estabilidade, reafirmando o compromisso da marca com a inovação.

O SM era, de facto, um Gran Turismo que atendia às expectativas de quem queria conduzir um veículo com potência aliado ao melhor conforto visto nos modelos de luxo da época. Era largo, baixo, muito elegante e decididamente aerodinâmico (o seu coeficiente era 0,26; índice surpreendente até para os dias de hoje).

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Embora se tenham produzido algumas versões especiais do SM, como a feita para um dos presidentes da França, Georges Pompidou, as tradicionais não lhes ficavam atrás e foram muito apreciadas por clientes famosos, como o futebolista Johan Cruyff, o comediante Jay Leno e os atores Burt Reynolds e Daniel Craig. O seu legado continua vivo entre colecionadores e entusiastas que valorizam a sua ousada combinação de design, tecnologia e desempenho. Hoje, o SM é considerado um clássico de culto, um símbolo da capacidade da Citroën na criação de automóveis que ainda impressionam passados mais de 50 anos após seu lançamento.

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