Custos da transição elétrica
Reino Unido adia para 2035 a proibição de novos veículos a gasolina e a gasóleo. O chefe do Governo defendeu esta "nova abordagem" com a necessidade de ser “honesto com a população” e revelou que o Governo já não vai impor impostos sobre as viagens de avião nem a carne bovina ou forçar os britânicos a reciclar mais.
Rishi Sunak muda assim o prazo estabelecido há apenas três anos pelo antecessor, Boris Johnson, que queria proibir a venda de veículos novos movidos exclusivamente a gasóleo ou gasolina a partir de 2030 no país.
O chefe do Governo defendeu esta "nova abordagem" com a necessidade de ser "honesto com a população sobre as escolhas difíceis e os sacrifícios em causa".
"Não é justo que Westminster imponha custos tão significativos aos trabalhadores, especialmente aos que já estão a lutar para fazer face às despesas, e interfira tanto no estilo de vida das pessoas", argumentou.
Sunak também revelou que o Governo já não vai impor impostos sobre as viagens de avião ou sobre a carne bovina nem forçar os britânicos a reciclar mais.
Mesmo assim, Sunak mantém a promessa de reduzir as emissões de gases de efeito estufa do Reino Unido para atingir a neutralidade carbónica até 2050, meta incluída na legislação em 2019.
Os construtores de automóveis que investiram fortemente na transição para veículos elétricos manifestaram frustração perante a mudança de planos do Governo.
O presidente da Associação de Construtores e Comerciantes de Automóveis, Mike Hawes, afirmou que "os consumidores têm de querer fazer a mudança, o que exige do Governo uma mensagem clara e coerente, incentivos atrativos e infraestruturas de carregamento que transmitam confiança e não ansiedade", mas que "a confusão e a incerteza só os vai fazer recuar".
A diluição das promessas ambientais é vista como uma manobra para tentar atrair os eleitores perante a crise do aumento do custo de vida na aproximação às eleições legislativas, previstas para 2024.
"Não vamos salvar o planeta levando o povo britânico à falência", enfatizou a ministra do Interior, Suella Braverman.
ANSR: 21 milhões para correios
A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), responsável por decidir e cobrar multas de trânsito, pode gastar mais de 21 milhões de euros até 2026 em serviços postais que permitem a notificação dos condutores. O Governo sublinha que os serviços de notificação postal, no âmbito do processo contraordenacional através do SINCRO (leia-se radares), traduzem-se “na expedição de um elevado número de objetos postais, os quais, a par de outros serviços conexos, são indispensáveis à operacionalidade da ANSR”.
Passeio dos Italianos
Mais de 100 clássicos brilharam nas estradas do Sul e Norte num encontro de italianos organizado pelo ACP Clássicos.
O Passeio dos Italianos é uma iniciativa do ACP Clássicos, que nesta primeira edição teve duas localizações em simultâneo - a Sul, com partida em Lisboa, e a Norte, com partida do Porto, reunindo mais de uma centena automóveis e largas centenas de entusiastas das ‘macchine più belle’. Na capital portuguesa, os participantes reuniram-se, na Praça de Itália, no Restelo, local de partida ideal para um percurso que os levou em direção à Merceana, no concelho de Alenquer.
Na Invicta, as belas máquinas italianas ocuparam o espaço exterior da Fundação Cupertino de Miranda, na Avenida da Boavista, partindo depois em direção ao Minho e a Arco do Baúlhe, no concelho de Cabeceiras de Basto. Pelo meio, paragem no histórico Castelo de Guimarães, e uma passagem também na famosa zona do Confurco, em Fafe, um dos locais mais populares do Vodafone Rally de Portugal.
Nos dois grupos do Passeio dos Italianos foi possível observar uma enorme diversidade de exemplares de marcas como a Ferrari, Lamborghini, Alfa Romeo, Fiat, Lancia ou Maserati. Um belíssimo Lancia Aurelia Cabriolet de 1951 conviveu, por exemplo, com diferentes unidades do Fiat 500, entre eles um 500c de 1953. Um raro Lamborghini Espada da década de 1970 conferiu um toque de excentricidade ao passeio a sul, marcado também por um expressivo naipe de Alfa Romeo, onde estavam, por exemplo, os GT Bertone de diferentes versões e motorizações, ou um Alfa Romeo 33 de 1988. A norte, um dos exemplares mais carismáticos foi um Alfa Romeo Montreal da década de 1970, além dos Lancia Delta com o seu incomparável pedigree desportivo.