Anunciada no final de agosto, a interrupção da produção na Autoeuropa começou a 11 de setembro e, ao que tudo indica, deverá prolongar-se até 12 de novembro. Neste período os trabalhadores da fábrica de Palmela estarão em lay-off, uma solução que lhes vai permitir manter 95% do salário durante esta paragem.
Na base desta paragem está uma simples roda dentada, essencial à construção de motores, produzida pela empresa eslovena KLS Ljubno. Responsável pelo fornecimento de engrenagens de anel a 80% do mercado automóvel europeu, esta empresa foi severamente afetada pelas cheias ocorridas no início de agosto naquele país e espera retomar a produção em outubro.
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Num claro reflexo do «peso» da KLS Ljubno na indústria automóvel europeia, há pelo menos mais cinco fábricas do Grupo Volkswagen afetadas pela paragem da empresa eslovena, mas só a fábrica portuguesa é que está totalmente parada.
Por exemplo, tal como acontece com o T-Roc, também a produção do T6.1 em Hanover vai parar. Já a produção do T7 Multivan vai ficar restrita à versão híbrida plug-in.
Recorde-se que o Governo e a Autoeuropa têm procurado alternativas que permitam contornar a paragem da KLS Ljubno e reduzir o período de paragem da fábrica de Palmela, tendo o Governo inclusive procurado soluções junto de fornecedores nacionais.
Caso a paragem da Autoeuropa se prolongue ao longo das nove semanas previstas, ficarão por produzir um total de 50 mil unidades do Volkswagen T-Roc, um modelo que entre janeiro e junho de 2023 foi o segundo SUV mais vendido na Europa.