Com as pesadas tarifas aduaneiras sobre os carros produzidos na China no horizonte, são vários os construtores chineses que planeiam criar fábricas em solo europeu para “contornar” esta medida.

A BYD tem planos para criar fábricas na Hungria e na Turquia; a Chery em Espanha; a Leapmotor vai produzir na Polónia e, ao que tudo indica, a Dongfeng prepara-se para produzir automóveis na Itália.

O governo italiano espera um acréscimo considerável do número de unidades produzidas no país e os construtores chineses surgem como principais interessados em ali produzir.

Porém, o governo transalpino planeia impor algumas regras. Por norma, os construtores chineses abarcam a totalidade das cadeias de produção, trabalhando quase num “circuito fechado”, recorrendo muito pouco a fornecedores externos.

Por isso, o governo italiano planeia impor a obrigatoriedade de que os automóveis produzidos em Itália incorporem pelo menos 45% de componentes produzidos localmente. Desta forma, o executivo espera potenciar as empresas locais.

Ao mesmo tempo, a proteção de dados e cibersegurança também são motivo de preocupação. Por essa razão, os sistemas de infoentretenimento serão, muito provavelmente, alguns dos componentes que terão de ser obrigatoriamente produzidos em solo italiano.