A partir de 18 de julho, há um novo limite de velocidade em algumas das ruas da freguesia da Vitória, na baixa do Porto: 20 km/h.

Numa primeira fase este limite será imposto nas ruas de São Miguel, da Vitória, de Trás e do Arquiteto Nicolau Nasoni, na travessa de Ferraz, na rua e travessa dos Caldeireiros e na rua e travessa de São Bento da Vitória.

Além do novo limite de velocidade, estas nove ruas passam estar classificadas como “zona residencial ou de coexistência”. Desta forma peões, trotinetes e bicicletas podem utilizar a estrada. Por esta razão, os condutores serão obrigados a circular com especial atenção.

Apesar de se aplicarem inicialmente apenas na freguesia da Vitória, as alterações agora anunciadas vão estender-se a outras artérias do Centro Histórico ao longo dos próximos três anos, integrando-se no programa municipal “Rede 20”.

Através deste programa a Câmara do Porto planeia implementar uma rede de percursos prioritários para meios de mobilidade suave. Esta vai incidir no centro da cidade, numa área com 2,4 km² definida pelas ruas Álvares Cabral e Gonçalo Cristóvão (a norte), ruas da Restauração, D. Manuel II, Maternidade, Boa Nova e Boa Hora (a poente), e pelas ruas da Alegria e Fontaínhas (a nascente).

No total serão abrangidos por este plano cerca de 30 quilómetros de arruamentos. Desta forma, a cidade do Porto passará a ter dois tipos de arruamento: uns com limitações à circulação automóvel, que integram a “Rede 20”, e outros destinados ao trânsito automóvel e inseridos na rede rodoviária prevista no Plano Diretor Municipal.

Segundo Pedro Baganha, vereador do Urbanismo da Câmara do Porto, “o centro da cidade tem de mudar", dando prioridade aos meios de mobilidade suave: a bicicleta, a trotinete e, sobretudo, o peão.

Para alcançar este objetivo a Câmara do Porto não só vai impor novos limites de velocidade nas ruas do Centro Histórico como planeia expandir as Zonas de Acesso Automóvel Condicionado (às quais só podem aceder veículos autorizados com um aparelho de reconhecimento da matrícula) e ainda proceder à pedonalização dos arruamentos, colocando o passeio à mesma cota da faixa de rodagem, algo que já fez na Rua das Flores.

A primeira fase deste projeto deverá prolongar-se até ao final do ano e vai incluir a implementação de medidas dissuasoras da velocidade, a colocação de sinalética e ainda o condicionamento do estacionamento que, segundo a Câmara, “deverá ser apenas para moradores e cargas e descargas do comércio e da hotelaria”.

De acordo com Pedro Baganha, este projeto visa “limitar o interesse que os automobilistas têm em entrar nestas zonas. São ruas muito estreitas e habitacionais, onde só deve entrar quem, de facto, lá vai fazer alguma coisa”.