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Portugal tem 10 mil milhões de euros para mitigar impacto das tarifas

| Revista ACP

Apoios às empresas exportadoras passam por linhas de crédito, seguros de crédito e a expansão de apoios à internacionalização.

Montenegro-Reis

O Governo lançou quatro medidas para o apoio rápido às empresas exportadoras nacionais, face às tarifas lançadas pelos EUA

As medidas passam por linhas de crédito, seguros de crédito e a expansão de apoios à internacionalização, num envelope de medidas que ascende a 10 mil milhões de euros.

O "Programa Reforçar", assim foi designado pelo Executivo, visa que, através do Banco de Fomento, as empresas exportadoras com base em Portugal acedam a linhas de crédito num montante total de 8,6 mil milhões de euros.

Haverá ainda um reforço do plafond em 1.200 milhões de euros dos seguros de crédito, sendo que passarão a cobrir não apenas os países emergentes, chegando também aos "mercados tradicionais".

O Governo pretende também a expansão de projetos de apoio à internacionalização, com o reforço de "programas coletivos" que permitem às empresas irem a mais feiras.

 

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O "Programa Reforçar" foi apresentado por Luís Montenegro e pelo ministro da Economia, Pedro Reis.

“Portugal está ligado aos Estados Unidos da América por uma sólida amizade e uma intensa relação política e económica (…) Mas, por vezes, é preciso assumi-lo, até com os nossos grandes amigos temos algumas divergências”, disse o primeiro-ministro.

Já Pedro Reis procurou esclarecer que o impacto das tarifas aduaneiras norte-americanas não vão levar Portugal ao défice. Ainda assim, o governante admitiu que a "garantia de que não há défice, ninguém pode dar".

"Não vai haver défice em Portugal, isso é claríssimo. E poder afirmar que não vai haver défice numa fase de volatilidade mundial, numa fase de instabilidade, quer dizer que algum trabalho de casa terá sido feito para escorar a nossa economia", disse Pedro Reis.

Aquela afirmação surgiu depois de serem conhecidas as novas projeções macroeconómicas do Conselho das Finanças Públicas, que apontam para um saldo orçamental nulo em 2025 e um regresso aos défices em 2026, devido a medidas de aumento da despesa pública, num cenário em políticas invariantes.

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