O Rally de Monte Carlo começou a realizar-se em 1911, mas só na década de 30 é que se registaram as primeiras participações portuguesas nesta prova. Uma aventura contada agora no livro “Os Portugueses no Rallye de Monte Carlo” de autoria da Armando Costa, um entusiasta de automóveis e do desporto automóvel, onde também viveu as emoções da competição. Como em 1966 quando se estreou na qualidade de piloto no Circuito da Granja do Marquês.

Ao longo de mais de 200 páginas profusamente ilustradas com imagens de época, a obra recorda a aventura que foi para tantas equipas portuguesas a participação no rali monegasco desde 1930 a 1972. Na época uma competição muito apetecível por associar a adrenalina ao volante à vida da alta sociedade e aos ambientes de casino tão caraterísticos do Mónaco.

O lançamento do livro decorreu ontem dia 18 de junho na sede do ACP e contou com apresentação do Presidente da Direção do clube, Carlos Barbosa, que não poupou elogios à obra pelo facto de “retratar os antigos ralis como este e que já não se fazem”. Um verdeiro “documento histórico com um arquivo fotográfico notável”, acrescentou ainda.

Já Armando Costa considera o seu livro “um repositório de tudo o que já existia mas que importava reunir e compilar para memória futura”. À história da participação dos portugueses no Rallye de Monte Carlo juntam-se factos curiosos como a primeira piloto portuguesa a enfrentar os desafios desta prova em várias edições, aos cinco concorrentes que uma vez seguiram no mesmo automóvel ou à época em que os autocarros também concorriam na prova transportando dezenas de participantes. Dos 42 anos narrados em livro, 1951 foi o melhor para uma equipa portuguesa que conseguiu alcançar o 2º lugar da geral.