O lucro da Toyota Motor mais que duplicou entre abril e dezembro de 2023, em comparação com igual período do ano anterior, anunciou esta terça-feira a fabricante japonesa de automóveis.
De acordo com os resultados financeiros, a empresa registou um lucro líquido de 24,7 mil milhões de euros (3,94 biliões de ienes) entre abril e dezembro, mais 107,9% em termos homólogos. Tal como a maioria das empresas japonesas, o atual ano fiscal da Toyota decorre de 1 abril de 2023 a 1 de março de 2024.
A 30 de janeiro, a Toyota anunciou que vendeu 11,23 milhões de veículos em 2023, um novo recorde anual, mantendo a liderança mundial de vendas, pelo quarto ano consecutivo. As vendas da empresa japonesa aumentaram 7,2%.
A rival alemã Volkswagen vendeu 9,24 milhões de veículos no ano passado (mais 12%), enquanto a sul-coreana Hyundai-Kia manteve o terceiro lugar, com 7,3 milhões de unidades vendidas em 2023 (mais 6,7%).
A empresa prevê um aumento de 17,1%, para 43,5 biliões de ienes (272,7 mil milhões de euros), nas receitas de vendas de automóveis durante o atual ano fiscal, assim como uma subida de 79,8% do lucro operacional, para 4,9 biliões de ienes (30,7 mil milhões de euros).
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Isto apesar da Toyota ter revelado, no final de janeiro, que a filial Toyota Industries Corporation cometeu irregularidades nas medições de potência de três motores a gasóleo fabricados pela empresa e instalados em 10 dos modelos de veículos vendidos a nível mundial.
Apesar de uma nova verificação ter confirmado que os veículos "cumprem as normas legais", a Toyota decidiu suspender temporariamente as exportações dos motores e dos modelos equipados com os mesmos componentes.
A suspensão de seis linhas de produção em quatro fábricas japonesas deveria terminar na segunda-feira, mas a fabricante decidiu prolongar a suspensão pelo menos até sexta-feira.
Em dezembro, a Daihatsu, uma subsidiária da Toyota, suspendeu todas as entregas de veículos dentro e fora do Japão, depois de ter descoberto que os testes de segurança e as emissões da maioria dos modelos foram manipulados.
Em março de 2022, outra subsidiária, a Hino, admitiu ter apresentado às autoridades japonesas dados fraudulentos sobre as emissões e economia de combustível.