A Audi só vai entrar na Fórmula 1 em 2026, mas aproveitou o Salão de Xangai (China) para apresentar pela primeira vez ao público o seu protótipo para a principal categoria do automobilismo.

Ainda que a estreia da Audi na Fórmula 1 esteja distante, o fabricante alemão está a acelerar o desenvolvimento do carro e da tecnologia. Segundo a empresa, a primeira versão do conjunto mecânico, formado por motores a combustão e elétrico, bateria e unidade de controle eletrónico, deve entrar na fase de testes ainda em 2023.

Atualmente, a Audi tem 260 pessoas a trabalhar na equipa de desenvolvimento da Audi Formula Racing GmbH. Alguns desses elementos transitaram da divisão Audi Sport, voltada para a preparação desportiva de carros de produção. Até o final do ano, o objetivo é ter mais de 300 funcionários envolvidos no projeto.

Os próximos passos, segundo a Audi, são a conclusão de um novo edifício que vai acolher os equipamentos de teste para o desenvolvimento dos motores elétricos, que vai ficar situado em Neuburg, nas imediações de Ingolstadt, onde fica a sede da empresa.

Mas a construção dos carros de Fórmula 1 deverá acontecer nas instalações da Sauber, na Suíça, parceira da Audi neste projeto. Tudo indica que a Audi vai ocupar o lugar na grelha das equipas que atualmente pertence à Alfa Romeo.

Plano do Grupo Volkswagen

A entrada da Audi na Fórmula 1 é a consolidação do plano do Grupo Volkswagen de participar nesta lucrativa disciplina do desporto automóvel. Nos últimos anos, os boatos de que o Grupo Volkswagen estaria a ponderar a Fórmula 1 só ganharam força. Quando a Formula 1 aprovou um novo regulamento de motores, com estreia prevista para 2026, o rumor passou a confirmação e na altura até se falava de duas marcas do grupo: Audi e Porsche, mas esta última terá tentado negociar com a Red Bull, com a casa de Stuttgart a acabar por desistir.