Na Fórmula 1 desde 1964, a Honda está, uma vez mais, de saída da categoria rainha do automobilismo. Uma notícia que o construtor nipónico fez hoje chegar a público e que deixa a Red Bull e a Alpha Tauri de novo com a tarefa de procurar um fornecedor de motores.
Uma situação que não é estranha às duas formações, mas surge um ano depois da Red Bull ter assinado com a Honda o fornecimento de motores para três anos, até ao final de 2021.
Christian Horner, homem forte da Red Bull, compreende “o quão difícil foi para a Honda Motor Company chegar a esta decisão de deixar a Fórmula 1 no final da época de 2021.”
“A decisão representa desafios óbvios para nós enquanto equipa, mas já cá estávamos e estamos equipados para dar uma resposta eficaz, tal como já o provámos no passado,” disse ainda.
A saída do construtor nipónico cinco anos após o regresso à Fórmula 1 está relacionada com o período de significativa transformação que o setor automóvel está a viver, conforme se pode ler no comunicado divulgado pela Honda: “Com a indústria automóvel envolvida num período de grande transformação, que acontece uma vez a cada 100 anos, a Honda decidiu trabalhar com vista à neutralidade carbónica até 2050. Um objetivo que será procurado através de iniciativas ambientais da Honda e que são uma das principais prioridades da marca enquanto um fabricante de mobilidade.”
“Assim, a Honda tem de concentrar os seus recursos na investigação e desenvolvimento em áreas ligadas aos motores do futuro e tecnologias energéticas, incluindo veículos a célula de combustível e elétricos, que serão o fulcro das tecnologias livres de carbono,” lia-se ainda no comunicado da marca.
Com longos anos de participação na Fórmula 1, tanto como equipa de fábrica (1964/1968 e 2006/2008), como fornecedora de motores (1983/2005 e 2015 até ao presente), a Honda tem sido um nome incontornável na categoria rainha do automobilismo, com vários títulos conquistados ao longo de mais de meio século.