Acabados de revelar, os novos Mini Cooper e Countryman são bem mais do que simplesmente a nova geração de dois dos best-seller da marca britânica nos últimos anos.
É que, apesar de estarem disponíveis nas já “obrigatórias” versões 100% elétricas, ambos continuam a contar com motores de combustão — a gasolina e a gasóleo. Ora, tendo em conta que a Mini vai tornar-se numa marca 100% elétrica em 2030, isto quer dizer que os novos Cooper e Countryman são, muito provavelmente, os últimos modelos Mini com motor de combustão.
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Visualmente, e como é usual na marca, nenhum deles representa um corte radical com os respetivos antecessores. Ainda assim, não podemos dizer que não há mudanças a registar.
Comecemos pelo Cooper. Mantendo as proporções típicas dos Mini, o pequeno utilitário abdicou das molduras cromadas nos faróis, trocou a grelha hexagonal por uma octogonal e, no geral, viu as suas linhas deixarem de ser tão arredondadas.
Passando para o Countryman, há também a registar um aumento geral das dimensões (mede agora 4,43 m de comprimento, 1,843 m de largura e 1,656 m de altura) e, tal como no Cooper, as linhas arredondas deram lugar a superfícies mais retilíneas e os cromados desapareceram.
Comum a ambos os modelos foi a preocupação com a aerodinâmica. Desta forma, o Cooper apresenta um coeficiente aerodinâmico (Cx) de 0,26 face aos anteriores 0,31. Já no Countryman o Cx fixa-se nos 0,28 (era 0,29).
Uma vez no interior das duas propostas britânicas, salta à vista a aposta num visual minimalista que contrasta drasticamente com o dos modelos que lhes antecederam e que não deixa de nos trazer à memória o Mini original idealizado por Sir Alec Issigonis.
Praticamente iguais, os tabliês do Cooper e Countryman distinguem-se pela orientação das saídas de ventilação que são verticais no Countryman e horizontais no Cooper. Graças ao aumento das dimensões exteriores tanto o Cooper como o Countryman viram as cotas de habitabilidade aumentarem.
Ainda a bordo das propostas britânicas, o painel de instrumentos atrás do volante desapareceu (no seu lugar pode surgir um head-up display opcional) e a maioria dos comandos concentram-se na consola central onde o maior destaque continua a ser o ecrã redondo, agora com 240 mm de diâmetro e um novo sistema operativo quee permite atualizações remotas e fornece dados de trânsito em tempo real.
Por enquanto a Mini não revelou quaisquer detalhes acerca das versões a combustão dos Cooper e Countryman mas já divulgou os primeiros dados acerca das versões 100% elétricas, designadas “E” e “SE”.
No Cooper E contamos com 184 cv (130 KW) e 290 Nm e uma bateria com 40,7 kWh que permite até 350 km de autonomia. Já no Cooper SE a potência sobe para 218 cv (160 kW) e 330 Nm, 0e a bateria de 54,2 kWh permite percorrer até 402 km.
Quanto ao Countryman, na versão “E” conta com 204 cv (150 kW) e 250 Nm e com uma bateria de 66,5 kWh que oferece uma autonomia de 462 km. Já na variante “SE ALL4” o crossover britânico apresenta-se com dois motores elétricos alimentados por uma bateria de 66,5 kWh e que lhe conferem tração integral. O resultado são 313 cv (230 kW), 494 Nm de binário e 433 km de autonomia.
Com revelação marcada para o Salão de Munique, as duas propostas britânicas deverão chegar ao mercado ainda em 2023. Por enquanto os preços para Portugal não foram revelados.