Numa altura em que a União Europeia planeia aplicar tarifas retroativas aos elétricos chineses, são já vários os construtores daquele país que se preparam para “contornar” estas medidas produzindo os seus modelos em solo europeu.
O principal objetivo desta aposta passa por aumentar as vendas no “Velho Continente”, reduzir custos e, ao mesmo tempo, compensar a quebra de vendas no mercado doméstico.
Começando pela BYD, um caso sério de sucesso entre os produtores de carros elétricos, esta anunciou no final de 2023 que vai criar a sua primeira fábrica de produção de automóveis na Hungria.
Esta produzirá elétricos e híbridos plug-in para o mercado europeu e deverá entrar em funcionamento dentro de três anos. Recorde-se que desde 2016 que a BYD tem uma fábrica de autocarros elétricos naquele país.
Já Chery, o maior exportador de automóveis chinês, anunciou a 16 de abril a assinatura de uma joint-venture com a espanhola EV Motors para a criação da sua primeira fábrica na Europa, mais precisamente na Catalunha.
O arranque da produção está previsto para o final do ano. Até ao final da década deverá juntar-se a esta fábrica outra no Reino Unido.
Também a Leapmotor vai aproveitar uma joint-venture para produzir os seus modelos na Europa. Após assinar um acordo com a Stellantis, a marca chinesa vai produzir os seus modelos na fábrica da Stellantis em Tychy, na Polónia.
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Outro gigante chinês, a SAIC, proprietária da MG, também quer uma fábrica na Europa depois de ter estabelecido centros dedicados à distribuição de peças nos Países Baixos e França.
Quanto à Geely, depois de ter assinado com o governo polaco um acordo que visava a construção de uma fábrica de elétricos naquele país, a mudança de governo na Polónia colocou o plano em espera.
Por fim, da parte da XPeng mais do que a intenção de criar uma fábrica na Europa existe o reconhecimento da inevitabilidade do nascimento da mesma caso a União Europeia “aperte o cerco” aos elétricos chineses.
Recorde-se que a União Europeia planeia aplicar tarifas retroativas aos elétricos chineses e recentemente voltou a pressionar a China por causa dos subsídios.