Os Ministros do Ambiente aprovaram em Conselho Europeu, esta semana, o uso de combustíveis sintéticos a partir de 2035 como alternativa à mobilidade elétrica imposta pelos ambientalistas mais radicais.
Esta foi a principal novidade deste conselho europeu, que começou marcado pela vontade de vários países de prolongar o prazo até 2040, entre eles Portugal. Dias antes desta votação, também a Alemanha tinha afirmado que ia chumbar o regulamento proposto pela Comissão Europeia e já aprovado pelo Parlamento Europeu. O quarto maior produtor mundial de automóveis do mundo conseguiu incluir na proposta final os combustíveis sintéticos, uma medida há muito defendida pelo Automóvel Club de Portugal.
Com a aprovação da proposta germânica os cinco países que pediam um prolongamento do prazo acabaram por recuar. As motivações de Portugal eram claras: o primeiro-ministro António Costa tinha admitido pela primeira vez que este processo de transição energética no setor dos automóveis ligeiros vai prejudicar consumidores e indústria, numa altura em que ainda se vivem as consequências de dois anos de pandemia e a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Recorde-se que Portugal tem um dos parques automóveis mais envelhecidos da Europa, com a média de idade de 13 anos por veículo. Cerca de um quinto dos automóveis a circular no país têm mais de 20 anos. Mas além de haver cada vez menos carros novos em Portugal, só 10% dos veículos adquiridos entre janeiro e maio deste ano eram elétricos. O elevado preço, a autonomia muito limitada e a falta de estrutura para carregamento são alguns dos fatores que empurram os elétricos para fora das escolhas racionais.
A abertura aos combustíveis sintéticos retira a pressão sobre os consumidores já que o prazo de 13 anos previsto para a mobilidade exclusivamente elétrica provoca exclusão na mobilidade de muitos europeus, afetando um setor que emprega 15 milhões de pessoas e vale mais de 7% do PIB europeu.
Na prática, com os sintéticos, está aberta a possibilidade de se continuar a vender carros novos a combustão depois de 2035, permitindo ainda manter a atual rede de abastecimento de combustíveis, evitando pesados investimentos em postos de carregamento. Estudos recentes apontam para a necessidade de instalar 6,8 milhões de novos postos na Europa de forma conseguir as metas ambientais.
Dois pilotos e um navegador disntiguidos com Cartão Branco pela FPAK
Armindo Araújo, Francisco Barreto e Carlos Silva foram distinguidos pela Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting pelo fair play demonstrado ao longo da época. Os três vão receber o cartão branco, um prémio que nasceu para valorizar as condutas eticamente corretas, praticadas pelos atletas no desporto automóvel, uma iniciativa da FPAK e do Instituto Português do Desporto e Juventude.
Foi o caso da dupla do Campeonato de Portugal de Todo Terreno, Francisco Barreto e Carlos Silva. Na Baja de Loulé, depois de Nuno Madeira e Filipe Serra sofrerem um acidente, a dupla, que foi a primeira a chegar ao local, saiu prontamente do carro para ajudar os adversários, enquanto esperavam pela ajuda médica.
Mas é também o caso de Armindo Araújo. O piloto ACP, que atualmente lidera o Campeonato de Portugal de Ralis foi distinguido pelo fairplay por também saber perder mantendo uma atitude exemplar como se verificou no Rali Terras D’Aboboreira, mas também no Vodafone Rally de Portugal, onde fez questão de dar os parabéns aos adversários Miguel Correia e Ricardo Teodósio pelos respetivos triunfos.
O cartão branco procura passar uma mensagem ética e de entre ajuda aos mais jovens, mas também mostrar os melhores valores de quem pratica desporto, neste caso no automobilismo.
Armindo Araújo vai receber o premio na próxima etapa do calendário do campeonato de ralis, o Rali Vinho Madeira. Já a Francisco Barreto e a Carlos Silva, o premio vai ser entregue na Baja de Reguengos de Monsaraz.
Test Ride - Revista ACP
Esta semana testámos a nova Honda ADV 350
Clássicos de competição
A preparação de clássicos para competição é um trabalho que exige conhecimento e tempo. Dos motores aos interiores, tudo é adaptado para que possam estar à altura dos desafios nos vários tipos de provas.
Por esta oficina passou um Datsun 1200 que foi afinado para participar em provas do ACP Clássicos como as 500 Milhas ou o Rally de Portugal Histórico.
Quanto ao Morris Marina que veio da Finlândia, está a ser preparado mais para demonstrações do que para as competições.
Já o Volkswagen Golf GTI está a ser preparado de A a Z, depois de vários anos a correr sem ter tido qualquer problema.