Vivem-se tempos inquietos na indústria automóvel e cada vez mais, a incerteza que reina no setor e as “guerras comerciais” travadas entre a China, os EUA e a União Europeia fazem-se sentir.
Desde 30 de outubro que a União Europeia aplica novas taxas aduaneiras aos veículos elétricos produzidos na China, taxas estas que deverão manter-se em vigor por, pelo menos, cinco anos.
A resposta chinesa não tardou, com uma queixa junto da Organização Mundial do Comércio (OMC), através da impugnação desta da decisão da Comissão Europeia junto dos tribunais da União Europeia e ainda através de várias medidas retaliatórias como o aumento de tarifas aduaneiras em várias indústrias.
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No final, o efeito desta “guerra comercial” faz-se sentir, principalmente, junto dos consumidores. Questionado pelo ACP, o advogado Luís Romão explica que a abordagem da União Europeia tem esse efeito em conta, mesmo que tal não seja evidente no imediato.
O advogado admite que, eventualmente, os preços dos modelos chineses poderão aumentar, mas reforça que, caso estas medidas não fossem tomadas os efeitos junto da indústria automóvel seriam muito superiores.
Apesar de tudo isto, Luís Romão acredita que a situação deverá ser ultrapassada.