Originalmente designado Alfa Romeo Milano, o SUV mais pequeno da casa italiana viu o seu nome mudar para Junior depois de o governo italiano ter criticado a escolha de um nome que soa a italiano para um veículo construído na Polónia.
Este «episódio» é o mais recente de uma longa lista de situações em que um modelo automóvel viu o seu nome mudar antes do seu lançamento. Recorde outros modelos que mudaram de designação antes do seu lançamento e as razões por trás da mudança.
Porsche 911
Hoje um ícone da Porsche, o 911 não era suposto ter esta designação. Revelado no Salão de Frankfurt de 1963 como sucessor do 356, o Porsche 911 era para ser conhecido como… 901.
Porém, há muito que a Peugeot designava os seus modelos com recurso a três números com o “0” a meio e a Porsche viu-se obrigada a mudar a designação do seu novo modelo.
Antes da mudança, já tinham sido produzidas 82 unidades do Porsche 901, e algumas delas sobreviveram apesar da mudança de designação.
Volvo S40
Fruto de uma parceria com a Mitsubishi que originaria na gama do construtor japonês o Carisma, a primeira geração do Volvo S40 e V40 viu-se envolta em polémica ainda antes do seu lançamento.
Tudo porque originalmente a marca sueca queria chamar aos seus novos modelos S4 e F4, respetivamente. Se a segunda designação não gerava qualquer confusão, o mesmo não acontecia com a primeira, já usada pela Audi na versão mais desportiva do A4.
Ora, depois de trocar o “4” para “40”, a Volvo teve de mudar também a designação F4. Afinal de contas, se lhe adicionasse um “0”, passava a chamar-lhe… F40, nome já usado pela Ferrari.
Audi S6
Um pouco antes de ter “obrigado” a Volvo a renomear o S40, a Audi teve outro “problema” com a designação S4.
Até 1994 esta era usada na versão mais desportiva do Audi 100. Porém, em 1994 este modelo foi renovado e passou a ser conhecido como A6.
Ora, com esta mudança não fazia sentido continuar a usar a designação S4. Por isso, o mais desportivo dos A6 passou a ser Audi S6.
Ford Focus
Lançado em 1998 no Salão de Genebra, o Ford Focus marcou o início de uma nova era na marca norte-americana, sucedendo ao icónico Escort.
“Reza a lenda” que até à sua revelação a Ford não tinha decidido se lhe chamaria novamente Escort ou se optava por outro nome.
Porém, o novo modelo marcava uma mudança tão grande face ao antecessor que a Ford acabou mesmo por optar por uma nova designação.
Fiat Panda
O Fiat Panda é hoje um dos modelos mais conhecidos da marca italiana e conta já com três gerações. Porém, a segunda geração era suposto ter-se chamado Fiat Gingo.
Foneticamente parecido a Twingo, nome já usado pela Renault, o nome Gingo terá dado origem a um “aviso” da Renault à Fiat de que se insistisse em usar esta designação o caso poderia acabar no tribunal.
Apesar de já ter unidades produzidas com o novo nome e muito material impresso, a Fiat voltou atrás na decisão e usou o nome Panda.
Ford GT
Inspirado nos GT40 que venceram a Ferrari em Le Mans na década de 60, o Ford GT teve de adotar outra designação porque a Ford nunca se lembrou de registar o nome “GT40”.
Ora, entre as vitórias em Le Mans e o lançamento do novo supercarro o nome GT40 começou a ser usado pela empresa Safir GT40 Spares.
Depois de ter deixado a Ford usar a designação “GT40” no protótipo, quando chegou a hora de o passar para a produção as duas empresas não chegaram a acordo e a Ford optou por “deixar cair” o número “40”.
Alfa Romeo Giulietta
Ao contrário do que se possa pensar, o Alfa Romeo Junior não foi o primeiro modelo da casa italiana a ter de abdicar do nome Milano.
Lançado em 2009 como sucessor do 147, também o Alfa Romeo Giulietta era suposto chamar-se Milano. Porém, como ia ser produzido em Turim e a Fiat, proprietária da Alfa Romeo, tinha fechado o seu centro de design em Milão a Alfa Romeo optou por recuperar o nome Giulietta.
Aston Martin Vantage GT12
Inspirada pelos sucessos na categoria GT3 da FIA, em 2015 a Aston Martin revelou uma versão limitada do Vantage precisamente designada Vantage GT3.
O único “problema” é que desde 1999 que a Porsche usava a designação GT3 para identificar as versões mais radicais do seu 911 e em 2011 tinha mesmo registado este nome.
Perante esta situação a Aston Martin optou por designar o Vantage mais radical de todos como Vantage GT12.