Numa apresentação de resultados em que ficámos a saber que a Dacia alcançou o seu melhor ano de sempre em Portugal, o diretor geral da marca no nosso país, José Pedro Neves, captou atenções quando disse que “a Dacia «varre o lixo» do mercado automóvel nacional”.
Líder de vendas a clientes particulares pelo segundo ano consecutivo, segundo José Pedro Neves a marca ajuda a renovar o parque automóvel nacional, pois "muitos dos clientes que compram modelos da Dacia fazem-no para substituir viaturas antigas e poluentes".
Além dos 18% de quota de mercado nas vendas a particulares, a Dacia conseguiu ainda um inédito quarto lugar na classificação geral de vendas, com uma quota de 6,6% no mercado português.
Para alcançar estes resultados, contou com as boas prestações comerciais de praticamente todos os modelos da sua gama. Por exemplo, o Sandero foi o modelo mais vendido a particulares e o segundo mais vendido em termos gerais.
Já o pequeno Dacia Spring arrecadou o título de modelo elétrico mais vendido a clientes particulares e fixou-se no Top-4 de vendas de veículos elétricos.
Por fim, e mesmo prestes a ser substituído, o Duster continuou a acumular sucessos. Foi o segundo modelo mais vendido a clientes particulares e o C-SUV mais vendido em Portugal.
Sucesso (também) além-fronteiras
Nesta apresentação de resultados tivemos ainda oportunidade de ficar a par dos resultados da Dacia a nível europeu e, verdade seja dita, não é só em Portugal que a marca romena está em grande.
Face a 2022 as suas vendas cresceram 14,6% na Europa, mercado no qual chegou pela primeira vez ao Top-10, alcançando uma quota de mercado de 4,4%, valor que sobe para os 8,3% quando contabilizadas somente as vendas a particulares.
Aliás, nas vendas a clientes particulares a Dacia conseguiu o segundo lugar absoluto a nível Europeu, sendo a mais vendida a este tipo de clientes em seis países da Europa.
Para tal muito contribuiu o sucesso do Sandero, novamente o modelo mais vendido a clientes particulares, «título» que detém desde 2017. Atrás dele surge o Duster e o Jogger conseguiu bater o Volkswagen Golf nas preferências no segmento C.
Metas ambiciosas
Fechado um 2023 recheado de recordes, a Dacia já tem a «mira» apontada a 2024 e pretende continuar a crescer, muito com base na aposta nas motorizações a GPL, mas também com a chegada de novos produtos.
Além do novo Duster, este ano a Dacia vai revelar o novo Spring, o inédito Dacia Bigster, vai introduzir no mercado nacional o Logan (a versão de três volumes do Sandero) e revelará novos motores híbridos e a GPL.
Tudo isto faz com que a marca demonstre uma renovada ambição no mercado de frotas, onde quer crescer 25% em 2024. Uma tarefa difícil se tivermos em conta o peso cada vez maior das marcas premium nas frotas, mas que a Dacia acredita conseguir cumprir com base nos modelos a GPL, elétricos, mas também no elevado valor residual dos seus modelos.
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Os responsáveis da marca romena em Portugal anunciaram também o lançamento do programa “Dacia Zen”. Com chegada prevista para daqui a três meses, este vai permitir estender por mais um ano a garantia dos modelos Dacia. Para tal basta os clientes procederem à revisão oficial nos concessionários autorizados.
Por fim, e num momento que tem a sua nova imagem implementada em quase todos os seus concessionários, a Dacia tem também elevadas ambições no que diz respeito à digitalização do percurso do cliente. A meta passa por garantir que cerca de 30% das vendas têm origem digital.