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Nenhum país na Europa produz mais bicicletas que Portugal

| Revista ACP

Depois de alcançar o melhor ano de sempre em termos de exportações em 2022, setor das bicicletas mantém tendência em 2023.

Bicicleta-Lisboa

Procuradas como uma solução de mobilidade urbana e sustentável, as bicicletas têm um peso cada vez maior na economia portuguesa, com o país a assumir-se como o maior exportador de bicicletas na Europa.

Depois de ter alcançado um recorde de exportações em 2022, o setor das bicicletas mantém a tendência em 2023 e os números comprovam-no.

No primeiro semestre do ano, o setor das bicicletas faturou 382 milhões de euros em exportações, 159,9 milhões dos quais correspondentes à exportação de bicicletas elétricas. É a primeira vez desde 2019 que este tipo de bicicletas corresponde à maior “fatia” de exportações. 

 

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Para se ter uma ideia da pujança do setor, as receitas de 382 milhões de euros geradas entre janeiro e junho de 2023 não só correspondem a um crescimento de 11,9% face ao período homólogo de 2022 como são mais de metade dos 713 milhões de euros gerados pelo setor ao longo de todo o ano passado.

Os países para os quais se destinam a maioria das bicicletas produzidas em solo nacional são a Alemanha, a França e a Espanha. Contudo, também em Portugal o mercado das bicicletas está a crescer.

Fontes do setor, citadas pelo Jornal de Notícias, apontam a redução do IVA dos velocípedes de 23% para 6% decretada no início do ano como uma das causas do aumento das vendas.

O crescimento da procura por bicicletas em Portugal fica patente quando observamos que a maioria das verbas disponibilizadas pelo Estado para a compra de bicicletas elétricas e de carga já esgotou. Recorde-se que eram 2,2 milhões de euros para a aquisição de bicicletas elétricas e 450 mil euros para as de carga.

Desta forma, restam os apoios à compra de bicicletas convencionais. Falta atribuir 55 mil euros dos 150 mil euros originalmente disponibilizados.

Apesar dos bons indicadores do mercado, Gil Nadais, secretário-geral da Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas (Abimota), refere que continuam a faltar componentes para a produção de bicicletas, recordando que a maioria destes é produzida na Ásia.

Para ultrapassar esse constrangimento, Gil Nadais revelou que “está a ser desenvolvido um grande projeto de investimento para a produção de componentes em Portugal e na Europa”.

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