À medida em que os automóveis elétricos se tornam uma presença cada vez mais usual nas estradas e vão conquistando quota de mercado, muitos dos mitos acerca deste tipo de veículos têm vindo a desaparecer.

Um dos que mais «força» ganhou quando surgiram as primeiras propostas 100% elétricas no mercado era de que "a autonomia dos carros elétricos é muito baixa", fazendo destes automóveis uma alternativa pouco viável às propostas de combustão. Contudo, tal nunca foi bem verdade.

Na prática, a autonomia dos veículos elétricos vai sempre depender do modelo e da gama do carro escolhido. Naturalmente, propostas citadinas como o Citroën Ami ou o Dacia Spring contam com baterias mais pequenas e, por conseguinte, menos autonomia do que modelos como o Kia EV6, o Volkswagen ID.5 ou o Mercedes-Benz EQS, todos eles com baterias maiores e pensados para percorrer longas distâncias.

Contudo, isso também acontece entre os modelos com motor de combustão. A capacidade do depósito de um Fiat Panda é bastante inferior à do depósito, por exemplo, de uma Audi A6 Avant o que se reflete, obviamente, na menor autonomia oferecida pelo modelo transalpino.

Desta forma, tal como acontece com as propostas a combustão, também nos automóveis elétricos a solução para percorrer mais quilómetros com modelos com uma menor autonomia é simples: aumentar o número de abastecimentos ou, no caso dos carros elétricos, de carregamentos. 

Convém ainda ressalvar que neste momento, e graças à constante evolução da tecnologia usada nas baterias, não só há modelos 100% elétricos capazes de percorrer mais de 800 km como a larga maioria deste tipo de automóveis já oferece, em média, uma autonomia superior a 400 km.

A juntar a tudo isto, também os carregamentos tornaram-se mais rápidos, com a maioria dos automóveis elétricos atuais a carregar até 80% das baterias em cerca de 30 minutos nos postos de carregamento rápidos.